sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Seis horas da manhã e a lua ainda brilhando no céu. Passos rápidos para pegar o ônibus vazio. O frio da manhã parece se enfiar por dentro da blusa e congelar meus ossos. Pessoas correndo de um lado para o outro, sempre com pressa, como se o tempo lhes cobrasse alguma coisa. A cabeça cheia e o coração vazio, um cheiro conhecido, perdido no tempo que me faz lembrar que desde sempre me sinto fora do mundo. Que nunca me senti parte de qualquer coisa que seja. Sempre deslocada, de qualquer ambiente em que esteja. A solidão se faz presente e o desejo de um abraço chega a doer. Pensamentos vão e vem, com uma velocidade tal que chega a me deixar zonza.O ponto chega e desço do ônibus rezando por algo melhor no decorrer do dia...